Uma vida bem sucedida depende das escolhas que fizermos. Temos de saber o que é ou não importante para nós. A escolha inteligente implica um sentido realista dos valores e um sentido realista das proporções. Este processo de escolha - de aceitação por um lado e de rejeição pelo outro - começa na infância e continua pela vida fora. Não podemos ter tudo o que ambicionamos. O homem de negócios que procura o sucesso financeiro tem muitas vezes de abandonar os seus interesses de ordem desportiva ou cultural. Os que preferem servir os interesses espirituais, culturais ou políticos da sociedade - sacerdotes, escritores, artistas, militares, homens de estado e funcionários públicos em geral - têm quase sempre de relegar para segundo plano o bem-estar financeiro.
Com uma vida limitada não podemos
ser ou fazer tudo. Estamos constantemente a ter de escolher com que e
com quem passar o nosso tempo. Cultivar amizades toma tempo. Às
vezes temos de recusar encontros e desapontar muitas pessoas para
termos tempo de alcançar os nossos fins. Todos os dias temos de
escolher entre as coisas que estão à venda. Não podemos ter o
mundo inteiro, tal como uma criança não pode comprar todos os
rebuçados da doçaria se tiver apenas um tostão. Esta é uma das
grandes lições da vida. Temos de escolher na altura própria, e o
destino é a seara que cresce da semente da escolha. A fórmula para
uma escolha inteligente exige não só um profundo conhecimento de
nós próprios como uma afirmação da nossa própria maneira de
ser.
Alfred Montapert, in 'A Suprema Filosofia do Homem'
Alfred Montapert, in 'A Suprema Filosofia do Homem'
Sónia
& José Costa
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